O Mestre Cândido de Oliveira é provavelmente a figura mais importante do século XX português, quando falamos de Futebol, um nome que ainda hoje é lembrado no nome da Supertaça organizada pela Federação Portuguesa de Futebol.
Jogador, treinador, dirigente, jornalista, Cândido de Oliveira é um nome omnipresente na história da modalidade no nosso país.
Nascido em Fronteira, distrito de Portalegre, a 24 de Setembro de 1896, entrou para a Casa Pia de Lisboa em 1905, depois de ter ficado órfão.
Foi um dedicado aluno, e desde cedo demonstrou paixão e uma enorme aptidão para a prática desportiva.
À Casa Pia deve a paixão pelo Desporto e uma educação de fortes valores humanistas. Como órfão, desde tenra idade apercebeu-se das injustiças do mundo, dedicando-se desde muito jovem a causas sociais.
qfunda juntamente com outros casapianos o Clube Atlético Casa Pia
As capacidades que demonstrava para o futebol levaram-no ao
Benfica, onde começou a jogar em 1914-15. Manteve-se de águia ao peito até 1920.
Nesse mesmo ano funda juntamente com outros casapianos o Clube Atlético Casa Pia, um velho sonho de vários alunos e ex-alunos da instituição.
Em 1921 capitaneia
Portugal no primeiro jogo internacional da história, disputado contra a vizinha
Espanha em
Madrid.
Apesar do resultado a imprensa da época elogia a exibição da equipa e do do seu capitão.
Nos Jogos Olímpicos de 1928, Oliveira é treinador e seleccionador. A prestação portuguesa nos Jogos de Amesterdão é um sucesso que só será superado com o 3º lugar de Eusébio e companhia no mundial de 1966.
Além de seleccionador nacional tinha iniciado uma carreira de jornalista, escrevendo na “Stadium”, mais tarde escreveu e foi director de “Os Sports”, do “Diário de Lisboa”, do “Diário de Notícias” e do “Século”. Ganhando enorme prestígio no mundo da imprensa lisboeta.
Trabalhava ainda nos CTT, onde durante a
II Guerra Mundial foi agente secreto para a Inglaterra e os seus aliados. Era agente da rede clandestina do Special Operations Exectuive (SOE) em
Portugal, responsável pela informação de movimentos alemães em
Portugal, além de ter como missão preparar uma rede clandestina da resistência em caso da invasão de
Portugal pelas forças da Alemanha nazi.
qé detido pela PIDE e encarcerado em Caxias, sendo posteriormente deportado para Cabo Verde, onde esteve preso no campo de concentração do Tarrafal
A 1 de Março de 1942 é detido pela PIDE e encarcerado em Caxias, sendo posteriormente deportado para Cabo Verde, onde esteve preso no campo de concentração do Tarrafal.
Sem nunca ter tido pejo em declarar-se um democrata, criticou publica e abertamente os regimes de Mussolini, Hitler, Franco e Salazar.
Foi detido em diversas ocasiões, sendo alvo de inúmeras torturas e espancamentos. Numa das ocasiões foi tão brutalmente espancado, a ponto de perder todos os dentes.
Mais tarde viria a escrever o livro "Tarrafal, o Pântano da Morte", onde dava conta da sua situação de deportado em Cabo Verde.
Por motivos óbvios, só foi publicado depois de Abril de 1974, com um prefácio de José Magalhães Godinho.
Regressou a
Portugal a 1 de Janeiro de 1944. Impossibilitado de voltar a trabalhar nos CTT, resolve fundar um jornal. Juntamente com Ribeiro dos Reis e Vicente de Melo, funda o jornal A Bola, que se torna a grande referência do jornalismo desportivo português.
Entretanto volta às lides futebolísticas e volta a orientar a selecção, seguindo-se o
Sporting, onde orienta os “cinco violinos” e conquista dois títulos de campeão com os leões.
Segue-se uma passagem pelo mítico Flamengo do Rio de Janeiro, para regressar, mais uma vez à equipa de todos nós.
Em 1952/53 treina o
FC Porto, onde durante duas épocas não consegue quebrar a hegemonia sportinguista.
qencontrava-se em Estocolmo(...) a cobrir o mundial de 1958 como enviado do Jornal A Bola, quando sofreu uma pneumonia
Em 1956 toma o leme da Académica de Coimbra, onde se mantêm até 1958, ano da sua morte.
Cândido de Oliveira encontrava-se em Estocolmo, na Suécia, a cobrir o mundial de 1958 como enviado do Jornal A Bola, quando sofreu uma pneumonia. Concentrado no que passava nos relvados suecos, descurou a doença. E foi já tarde de mais quando o levaram para o hospital a 23 de Junho, contava então 61 anos.
Para alguém que foi um homem do seu tempo, que viveu o seu século com visão de futuro, com uma enorme paixão pelo desporto e o seu futebol em particular, os deuses da Bola legaram-lhe o último prazer de ver jogar e escrever sobre um menino de apenas 17 anos que despontava para a glória no palco maior do futebol mundial: Pelé. O Mestre Cândido de Oliveira é provavelmente a figura mais importante do século XX português, quando falamos de Futebol, um nome que ainda hoje é lembrado no nome da Supertaça organizada pela Federação Portuguesa de Futebol.
Jogador, treinador, dirigente, jornalista, Cândido de Oliveira é um nome omnipresente na história da modalidade no nosso país.
Nascido em Fronteira, distrito de Portalegre, a 24 de Setembro de 1896, entrou para a Casa Pia de Lisboa em 1905, depois de ter ficado órfão.
Foi um dedicado aluno, e desde cedo demonstrou paixão e uma enorme aptidão para a prática desportiva.
À Casa Pia deve a paixão pelo Desporto e uma educação de fortes valores humanistas. Como órfão, desde tenra idade apercebeu-se das injustiças do mundo, dedicando-se desde muito jovem a causas sociais.
As capacidades que demonstrava para o futebol levaram-no ao
Benfica, onde começou a jogar em 1914-15.Manteve-se de águia ao peito até 1920.
Nesse mesmo ano funda juntamente com outros casapianos o Clube Atlético Casa Pia, um velho sonho de vários alunos e ex-alunos da instituição.
Em 1921 capitaneia
Portugal no primeiro jogo internacional da história, disputado contra a vizinha
Espanha em
Madrid.
Apesar do resultado a imprensa da época elogia a exibição da equipa e do do seu capitão.
Nos Jogos Olímpicos de 1928, Oliveira é treinador e seleccionador. A prestação portuguesa nos Jogos de Amesterdão é um sucesso que só será superado com o 3º lugar de Eusébio e companhia no mundial de 1966.
Além de seleccionador nacional tinha iniciado uma carreira de jornalista, escrevendo na “Stadium”, mais tarde escreveu e foi director de “Os Sports”, do “Diário de Lisboa”, do “Diário de Notícias” e do “Século”. Ganhando enorme prestígio no mundo da imprensa lisboeta.
Trabalhava ainda nos CTT, onde durante a
II Guerra Mundial foi agente secreto para a Inglaterra e os seus aliados. Era agente da rede clandestina do Special Operations Exectuive (SOE) em
Portugal, responsável pela informação de movimentos alemães em
Portugal, além de ter como missão preparar uma rede clandestina da resistência em caso da invasão de
Portugal pelas forças da Alemanha nazi.
A 1 de Março de 1942 é detido pela PIDE e encarcerado em Caxias, sendo posteriormente deportado para Cabo Verde, onde esteve preso no campo de concentração do Tarrafal.
Sem nunca ter tido pejo em declarar-se um democrata, criticou publica e abertamente os regimes de Mussolini, Hitler, Franco e Salazar.
Foi detido em diversas ocasiões, sendo alvo de inúmeras torturas e espancamentos. Numa das ocasiões foi tão brutalmente espancado, a ponto de perder todos os dentes.
Mais tarde viria a escrever o livro "Tarrafal, o Pântano da Morte", onde dava conta da sua situação de deportado em Cabo Verde.
Por motivos óbvios, só foi publicado depois de Abril de 1974, com um prefácio de José Magalhães Godinho.
Regressou a
Portugal a 1 de Janeiro de 1944. Impossibilitado de voltar a trabalhar nos CTT, resolve fundar um jornal. Juntamente com Ribeiro dos Reis e Vicente de Melo, funda o jornal A Bola, que se torna a grande referência do jornalismo desportivo português.
Entretanto volta às lides futebolísticas e volta a orientar a selecção, seguindo-se o
Sporting, onde orienta os “cinco violinos” e conquista dois títulos de campeão com os leões.
Segue-se uma passagem pelo mítico Flamengo do Rio de Janeiro, para regressar, mais uma vez à equipa de todos nós.
Em 1952/53 treina o
FC Porto, onde durante duas épocas não consegue quebrar a hegemonia sportinguista.
Em 1956 toma o leme da Académica de Coimbra, onde se mantêm até 1958, ano da sua morte.