O «Poeta do Futebol»
Dele disse um dia Quinito - um dos treinadores mais carismáticos do futebol português - que se pudesse «comprava o Pedro só para o pôr a jogar no quintal». No seu humor tão característico e na simplicidade da ideia, Quinito fez a maior das justiças ao génio de Pedro Barbosa, tal era a qualidade do «oito» dos vimaranenses e mais tarde dos leões, que seria um luxo supremo guardar toda essa técnica para deleite pessoal.
O gondomarense Pedro Alexandre Barbosa, nasceu para o futebol nas escolas do
FC Porto, onde não lhe reconheceram o devido talento, deixando-o sair para o pequeno Freamunde.
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Desvinculado dos azuis e brancos, passou para Guimarães, onde o seu futebol ganhou espaço. A carreira de Pedro Barbosa viveu sempre no difícil equilíbrio entre o seu virtuosismo e as exigências de um jogo cada vez mais veloz.
Em outros tempos a sua arte seria equiparada a um dos cinco violinos, mas na viragem do milénio a sua falsa lentidão exasperava os adeptos. Era o que se convencionou chamar de um génio incompreendido, ora amado, ora vilipendiado, capaz do melhor, como também era capaz de passar um jogo inteiro sem se dar conta dele.
As alcunhas depreciativas ganhavam eco nas bancadas. Quinito (outra vez ele), cunhou o jovem Pedro - como era conhecido nos tempos de Guimarães - como o «croissants». Acusando-o de dedicar mais tempo ao consumo dos famosos pastéis franceses, que ao treino físico. Se comesse menos croissants seria mais rápido, vaticinava o treinador. Barbosa nunca respondeu.
Chegou para substituir Figo, acabou capitão
Em
Alvalade passou de «croissants» para «pastelão» e mais tarde para «Pedro Vagarosa», mas os sportinguistas sabem que era ele a alma do
Sporting que quebrou o jejum em 2000, que foi com ele a usar a braçadeira de capitão que o clube voltou a uma final europeia, que era ele o pêndulo que organizava a orquestra demolidora de João Vieira Pinto e
Jardel.
Comparado tantas vezes com
Figo, para o lugar de quem tinha chegado a
Alvalade em 1995, demorou a demonstrar que podia ser tanto ou mais que o «sete». Dotado de uma técnica assombrosa, muitos analistas consideravam que Barbosa seria um dos jogadores mais virtuosos da sua geração, afirmando que tecnicamente superava tudo e todos,
Figo incluído.
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Figo, para o lugar de quem tinha chegado a
Alvalade em 1995, demorou a demonstrar que podia ser tanto ou mais que o «sete».
Outros amantes do futebol arte cunharam-lhe o carimbo de «Poeta do Futebol». A tudo e a todos, respondeu com o seu sorriso tímido, sempre avesso a polémicas ou aos holofotes do estrelato.
Momentos emblemáticos
Vários terão sido os golos magistrais que apontou na sua carreira de leão ao peito, mas são dois golos marcados de quinas ao peito que terão marcado a sua carreira.
O primeiro foi no Estádio Olímpico de
Berlim, numa jogada em que foi tudo menos pastelão e lento, avançando em força e velocidade sobre a defesa alemã, marcou o golo que quase colocava
Portugal no Mundial de França 98.
O segundo, tinha sido uns anos antes, quando num amigável no Phillips Stadium em Eindhoven, o então ainda jogador do Vitória, sentou dois defesas holandeses e picou a bola em balão sobre os dois atarantados oponentes, que se limitaram a ver a bola percorrer o seu caminho até ao canto superior esquerdo da baliza de um inapelavelmente batido Ed De Goey.