Poucos acreditavam na Grécia quando a seleção helénica chegou a Portugal para disputar o Euro 2004. O caminho dos gregos tinha sido longo e sinuoso e muitos duvidavam depois de duas derrotas: com a Espanha em Atenas (0x2) e com a Ucrânia em Kiev (2x0).
Mas os gregos dariam a volta por cima e venceriam todos os oito jogos até ao final, vencendo o grupo e obrigando a
Espanha a seguir para o play-off.
Colocado no grupo A com os anfitriões, a
Espanha e a Rússia, estreante em fases finais de europeus, o conjunto helénico não tinha grandes nomes, mas tinha uma alma guerreira de que o capitão Zagorakis era o seu maior expoente.
Motor da equipa, o médio defensivo jogava então no AEK de Atenas e seria um desconhecido para muitos dos fãs do desporto-rei na Europa apesar dos seus então 33 anos.
Em
Portugal, com a sua força e liderança, os gregos foram ultrapassando todos os obstáculos. Primeiro ganharam aos anfitriões no jogo de abertura, depois empataram com os espanhóis. Nos quartos deixaram pelo caminho a França - campeã em título - antes de voltarem à cidade do Porto para eliminarem a Chéquia que todos antecipavam como uma finalista da prova.
No grande dia, de novo contra os portugueses, Theodoros Zagorakis encheu o campo, ajudando a tapar todos os caminhos para a sua baliza, sendo fundamental na histórica conquista da Grécia perante um mar verde e vermelho que enchia o Estádio da
Luz.
Eleito melhor jogador da prova e 5º melhor jogador europeu do ano, depois do Euro 2004 conseguiu o contrato da sua vida e foi experimentar o calcio, defendendo a camisola do Bologna durante um época. Voltou a casa para jogar no seu PAOK mais duas épocas.
Deu por terminada a carreira em 2007, depois da Grécia falhar a qualificação para o Mundial e após 120 internacionalizações e três golos com a camisola da seleção.
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